A comunicação voltada às massas, os fast-food, os
modismos, a frivolidade, o imediatismo e outros tantos “avanços” da
hipermodernidade, têm produzido o efeito de retirar às pessoas, num processo gradual
e contínuo, a capacidade/vontade de pensar de forma crítica, buscar entender o
mundo, descobrir como acontecem determinados fatos e as motivações por trás dos
discursos/mensagens.
Aos poucos as massas se tornam mais manobráveis e mais
pessoas se juntam, num movimento tendente à parvoíce completa, o que
pode ser expresso, como exemplo acabado, na pujança da audiência dos reality shows, ou seja, o indivíduo
acompanha a vida alheia confinada, diariamente, e busca, de alguma forma,
interagir/palpitar num, reconhecidamente, “faz-de-conta”.
Hoje vejo um advogado a relatar o aliciamento de jovens para participação agressiva/violenta em manifestações “pacíficas” que tomam as ruas dos grandes centros brasileiros.
Ainda sobre este caso, alguém imagina, em sã consciência, que o rapaz se desloca do Rio de Janeiro/RJ até Feira de Santana/BA e quando chega numa pousada, com nome falso, resolve se entregar à Polícia?
Causa-me
espécie que isso seja tomado como notícia, isto é, será que ninguém havia
percebido que os baderneiros black blocs
são remunerados, assim como os integrantes de torcidas organizadas que são
patrocinadas pelos clubes de futebol? Alguém imaginou que as brigas e mortes
são casuais? Que não há intenção político-ideológica nos movimentos sociais
Brasil afora?
A pergunta da repórter/comentarista é muito importante: De onde vem esse dinheiro?
Bastaria pensar um pouquinho só. O indivíduo participa de
manifestações todos os dias, durante vários dias, e isto só na base do “amor à
causa”?
Aos poucos a realidade vai brotando aqui e ali, entretanto se as massas
não conseguirem, minimamente, interpretar o texto que têm à frente...
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