sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Depois da medievalização aparece a “faroestivização”

Algumas postagens neste blog citam a medievalização[i] como uma tendência para vencer a sensação de insegurança entre os cidadãos, ou seja, pelo menos dentro de casa o indivíduo pretende sentir-se tranquilo e longe do crime e da violência.

O ponto desfavorável às cidades é que quanto mais medieval, mais segregado espacialmente, for o assentamento humano (vila, município), tanto menor será a atenção aos espaços urbanos públicos, até que cheguem a um momento de completo abandono.

Legado a um plano inferior de importância, dentro da cidade, o espaço público urbano tende a ser um local de “passagem”, a ser evitado, sendo assim será cada vez mais distante da vida do cidadão, o qual tem optado por um viver mais "murado", protegido, menos diversificado...

O abandono dos espaços urbanos públicos enseja a tomada destes locais intra-urbanos por malfeitores, a praticar ações criminosas e violentas. A ousadia dos bandidos parece ser diretamente proporcional à atenção que se dispensa aos espaços urbanos públicos, ou seja, quanto maior o descaso com o espaço público urbano, maior o incentivo à presença de delinquentes e cometimento de crimes.




[i] Fenômeno, com reflexos diretos no urbanismo, em que edificações são erguidas aos moldes das fortalezas da Idade Média (com grandes muros, seteiras, fossos, animais, guardas nos portais, etc) para garantir sensação de segurança.

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