Algumas
postagens neste blog citam a medievalização[i]
como uma tendência para vencer a sensação de insegurança entre os cidadãos, ou
seja, pelo menos dentro de casa o indivíduo pretende sentir-se tranquilo e
longe do crime e da violência.
O
ponto desfavorável às cidades é que quanto mais medieval, mais segregado
espacialmente, for o assentamento humano (vila, município), tanto menor será a
atenção aos espaços urbanos públicos, até que cheguem a um momento de completo
abandono.
Legado
a um plano inferior de importância, dentro da cidade, o espaço público urbano tende a ser um local de “passagem”, a ser evitado, sendo assim será cada vez
mais distante da vida do cidadão, o qual tem optado por um viver mais "murado", protegido, menos diversificado...
O
abandono dos espaços urbanos públicos enseja a tomada destes locais intra-urbanos
por malfeitores, a praticar ações criminosas e violentas. A ousadia dos
bandidos parece ser diretamente proporcional à atenção que se dispensa aos
espaços urbanos públicos, ou seja, quanto maior o descaso com o espaço público
urbano, maior o incentivo à presença de delinquentes e cometimento de crimes.
[i]
Fenômeno, com reflexos diretos no urbanismo, em que edificações são erguidas
aos moldes das fortalezas da Idade Média (com grandes muros, seteiras, fossos,
animais, guardas nos portais, etc) para garantir sensação de segurança.
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