quinta-feira, 31 de maio de 2012

Aluna faz dança erótica para professor em sala de aula

Aluna faz dança erótica para professor em sala de aula



Limites também são salvaguardas contra problemas graves, assim como os diques holandeses prestam-se a proteger contra o ímpeto do mar. Este conceito pode ser aplicado a todos os casos. Não se trata de uma pregação moralista, reacionária ou mesmo conservadora. O intento é expor a opinião de que sem regras a vida tende ao caos e à barbárie.
Hoje em dia é politicamente incorreto falar sobre princípios morais, impensável tratar sobre moral sem a pecha de ser conservador, reacionário, preconceituoso, intolerante... e por aí vai. A impressão é que estamos num vale-tudo onde quem se expõe mais angaria seguidores e “respeitabilidade”, ser irreverente passou a ser sinônimo de “personalidade marcante e forte”...
As imagens do vídeo, de pouco mais de um minuto, gravadas por um aluno, indicam que a sala de aula é um bom lugar para várias coisas, exceto estudar... Parece que há um choque geral de moralidade e revolta quando as cenas chegam à internet, acessível às massas, mas essa sim, consoante entendo, é uma moralidade hipócrita. Hipócrita por alguns motivos, a começar pelo fato de que as cenas não parecem ser o resultado de uma ideia improvisada, algo que nunca fora pensado, ou praticado, antes. O espaço no meio da sala de aula, a música, as coreografias e o contexto apontam que o show não era inédito e sim parte da aula deste professor, ou de outros professores. Também podemos pensar que as “crianças” da 8ª Série não aprenderam muito sobre biologia nestas aulas, será que ninguém notou isso? É possível que nenhum dos pais/mestres dos alunos nunca tenham conversado sobre o que se aprende na escola e nem mesmo ter visto se havia “lição de casa”, aliás estas práticas também são politicamente incorretas no relacionamento pais-filhos, visto que a escola é “chata” e, via de regra (exceto pelo professor do vídeo), os professores são “chatos” e alguns até mesmo perturbam a tranquilidade de quem quer simplesmente bater papo durante as aulas...
Durante o patrulhamento numa viatura de ronda escolar parei perto de uma escola por conta do alto som a perturbar o sossego, uma melodia marcante com uma letra extremamente anti-social e plena em palavrões e apologia ao crime e tráfico de drogas. Para minha surpresa a música vinha de dentro de uma escola de ensino fundamental. Fui para a sala da Diretora e perguntei o que estava acontecendo e obtive a resposta de que a associação de pais e mestre havia comprado o aparelho de som e que a música acalmava as crianças durante o recreio. Então comecei a repetir, na sala da Diretora, os palavrões que acabara de ouvir na letra. A surpresa que ela demonstrou em ouvir um policial militar fardado xingando, em alto e bom tom, atestaram que não se espera que uma pessoa “de bem” use tais termos, ou seja, as crianças se acalmam mas a Diretora fica chocada...
Sei de uma situação em que, contrariados com as opiniões do professor, uma classe inteira saiu da sala de aula deixando o mestre sozinho. Ele devia estar mesmo errado, não é mesmo? Afinal alunos sabem mais que os professores, sempre souberam, é justamente por isso que é ele quem leciona...
A questão é que este comportamento tende a se repetir no convívio social fora da escola, e a pergunta, que não é de minha autoria, não é que mundo estamos deixando para nossos filhos e sim “Que filhos estamos deixando para este mundo?”

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Países da ONU recomendam fim da Policia Militar no Brasil

O texto é realmente um "primor", para quem gosta de DESINFORMAÇÃO é claro.

O título é um capítulo à parte, não sei quem enviou esta matéria à agência EFE, mas o fato é que teceu um artigo com várias maldades e equívocos, a primeira é o título (Países da ONU recomendam fim da Polícia Militar no Brasil), ocorre que durante a leitura deste pequeno texto percebe-se que o assunto é relativo ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, ou seja, não há nenhum país recomendando nada e sim delegados, indicados por países, para o tal conselho. Mas não para aí não, caro leitor, nenhum delegado pediu o fim da Polícia Militar, pelo menos no texto que tive acesso, o que ocorre é que o representante da Dinamarca pensa que o sistema brasileiro (consoante artigo 144 da Constituição Federal) está equivocado ao dividir os trabalhos policiais entre duas instituições (Polícia Civil e Polícia Militar), ou será que na Dinamarca não há quem faça o policiamento ostensivo preventivo ? É claro que a pergunta é retórica. Mas a cereja do bolo é que no documento original (http://daccess-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G12/116/18/PDF/G1211618.pdf?OpenElement) o comentário sobre crimes cometidos por policiais militares é do representante do Reino Unido (pode ser que United Kingdom tenha sido traduzido como Dinamarca, possivelmente por que a Dinamarca também é uma monarquia...).

O texto prossegue com destaque às recomendações dos integrantes do Conselho de Direitos Humanos/ONU, e alguns trechos mostram bem claramente o que se pretende com a notícia, por exemplo:
“...que se combata a impunidade dos crimes cometidos contra juízes e ativistas de direitos humanos."  ou ainda que os trabalhos da Comissão da Verdade não sejam interrompidos. Outra questão muito interessante é o destaque às recomendações do Paraguai (aliás no texto original o representante é do Uruguay, mas pode ser que o representante uruguaio tenha conversado com o paraguaio antes de fazer a recomendação...) e da Argentina (que é a tradução da palavra inglesa Peru para o português).

Enfim, das 399 palavras do texto menos de 10% referem-se ao título, 34 para ser mais exato. Penso que estamos diante de um autor, ou autores, com fortes inclinações (para não dizer rancor) contra a Polícia Militar e que quer plantar alguma ideia de que os países da ONU estão recomendando o fim da PM, repito: no texto disponível na internet não há nada neste sentido. E na leitura que fiz do original também não percebi nada no sentido que a matéria tenta indicar.

Há campo para falar muito mais, mas prefiro parar por aqui.

Interdisciplinaridade na Segurança Pública: um aporte da Arquitetura e Urbanismo

Diretrizes para o espaço público urbano inibidor de delitos, por Adriana de Vasconcelos Santos Salles

Primeiras linhas do resumo da dissertação de mestrado (UnB): O objetivo geral do trabalho é contribuir para a produção e adequação de espaços urbanos públicos seguros, o objetivo específico, propor adequações desses espaços urbanos focadas na segurança do cidadão através da identificação de elementos e dos arranjos físicos que tenham capacidade de inibir o cometimento de delitos e de ampliar a apropriação dos espaços utilizando para tanto as questões ambientais.

A função "didática" dos meios de comunicação

Menina de 15 anos usa e-mail para chantagear empresario

O texto da notícia é semelhante a um roteiro desses seriados policiais de TV. A menina pode ter 15 anos, mas teve acesso a tantas situações de chantagem, crime e procedimentos delituosos que não deve ter sido muito dificil escolher um deles para colocar em prática. A fantasia esteve tão presente nesta trama que a moça passou os dados da conta bancária da mãe para o depósito (conforme a informação da Folha de São Paulo), talvez nem pensou em como iria fazer o saque.

Penso que muitos programas de televisão se prestam à função de manual para criminosos iniciantes. Houve um tempo em que o upgrade na carreira criminosa ocorria quando a pessoa adentrava a cadeia, me parece que hoje isso ocorre numa poltrona da sala de estar.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Tem algo faltando neste texto...

Gestão sofrível arruína trabalho de anos na SSP

O texto de Túlio Kahn inicia com o estabelecimento de uma "verdade", qual seja: A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo gere os negócios da Segurança Pública (me permito a redundância para pintar o quadro com cores vivas) de forma medíocre (Dicionário Aulete: Pessoa aquém da média do ponto de vista pessoal ou profissional).

Reconheço que não reúno condições para julgar o trabalho do Sr Secretário da Segurança Pública de São Paulo e nem me arrisco a comentar as opiniões do Dr Túlio Kahn, quem admiro e tive a grata satisfação de entrevistar para minha pesquisa de CAO. Mas o texto publicado no blog me inquieta sobremaneira, visto que após a sentença inicial não há nenhuma pista sobre como é que se caracteriza esta mediocridade, advinda da SSP.

O que me restou foi pensar, cá com meus botões (e talvez com quem tenha acesso a esta postagem), sobre a abordagem a um assunto de tamanha relevância para a sociedade bandeirante. Digo isto porque imagino que se o gerir é medíocre, a decorrente pergunta passa a ser quem permitiu que isso ocorresse. Outra questão, creio que de maior importância, diz respeito ao que caracteriza a tal incompetência, no mínimo para que o(s) erro(s) não se repita(m). Será que a correção é algo de menor importância?

domingo, 27 de maio de 2012

Dica de filme: O lavador de almas (Pierrepoint)

(SINOPSE - Albert Pierrepoint (Timothy Spall) tentou evitar, mas terminou seguindo os passos de seu pai e tornou-se carrasco em 1934. Aos poucos seu conceito cresce, devido ao uso sofisticado e frio de seus métodos, o que o faz ser o mais respeitado e temido carrasco da Inglaterra. Quando abandonou a profissão, em 1956, Pierrepoint tinha mais de 600 execuções em seu currículo.)

A dica sobre este filme de 2005 veio parar aqui, neste blog, por conta do assunto delicado e a forma de tratá-lo, pelo filme, é importante refletir sobre alguns aspectos da nossa sociedade formal, o modo como o Estado se manifesta em nossas vidas cotidianas.

A sinopse do filme não retrata a complexidade do tema (pena de morte), ou mesmo da sociedade inglesa na época em questão. Vale a pena assistir, pelo prazer de ver um bom filme, em minha modesta opinião, e também pelas reflexões que o enredo enseja.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Proposta de reforma institucional das Polícias

A raiz dos nossos problemas de segurança

A proposta deste espaço é destacar o contexto formador de (in) segurança e, neste diapasão, devo me manifestar no sentido de discordar, com segurança e humildade, das conclusões dos eminentes articulistas.

Discordo que a PM, pelo menos a de São Paulo (que conheço um pouco), funciona à imagem e semelhança do Exército Brasileiro (são históricos e culturas bastantes distintas) e, sobretudo, discordo que a raiz dos problemas esteja unicamente no modelo institucional de atuação policial-militar.

Penso que há muitos, muitos mesmo, outros atores, formais e informais, que contribuem para o resultado que aí está. Imaginar que Polícia Militar, por sua ação ou omissão, provoca toda esta avalanche de consequencias danosas, e promotoras de insegurança, é apequenar uma discussão importantíssima!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A resistência é contra a ação policial, é contra a Justiça ou está a desafiar o Estado?

Familias sem-teto do "Novo Pinheirinho" montam resistencia contra despejo

A repetição da situação de São José dos Campos/SP enseja à reflexão e à busca de se entender o que está, de fato, a acontecer.

Reparem nas mensagens que as fotografias comunicam. O pós-Pinheirinho aconselha a deixar como está para ver como é que fica? É possível, em termos legais, o Administrador Público "deixar como está para ver como é que fica"?