Prevenção do crime pela arquitetura: a arquitetura contra o crime
Texto muito interessante do pesquisador/arquiteto/policial Marcos Boldrin.
Este espaço tem a proposta de ser ágora a todos que quiserem discutir assuntos pertinentes às Políticas Públicas de Segurança e às intercorrências cotidianas que produzem percepção de (in)segurança em espaços urbanos públicos.
terça-feira, 17 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
PSP fazendo história, parabéns pela iniciativa e pelo aniversário.
Primeira viatura de patrulhamento 100% movida a eletricidade.
Portugal, por ocasião do 145º aniversário da Polícia de Segurança Pública, apresenta o 1º carro de patrulha elétrico.
Portugal, por ocasião do 145º aniversário da Polícia de Segurança Pública, apresenta o 1º carro de patrulha elétrico.
domingo, 1 de julho de 2012
A legalização do aborto e a criminalidade
Nenhuma das explicações oferecidas para a queda nas
taxas de homicídio, nos EUA, desde a década de 1990 foi, entretanto, tão
polêmica e impactante como a que procurou demonstrar que a queda dos homicídios
estava ligada à legalização do aborto ocorrida 20 anos antes. A hipótese foi
apresentada em um estudo de dois jovens pesquisadores, John Donohue, da Universidade
de Stanford e Steven Levitt, da Universidade de Chicago. Em 1973, no famoso
caso Roe versus Wade, a Suprema Corte tomou a decisão que
tornou legal o aborto nos EUA. O ponto de virada para as taxas de homicídio
(início dos anos 90) coincide com o período em que as crianças nascidas após a
decisão pró-aborto estariam alcançando seus últimos anos como adolescentes.
Crianças indesejadas possuem mais chances de receber menos afeto. A incidência
do fenômeno é mais comum entre setores mais desfavorecidos e marginalizados da
sociedade. Crianças indesejadas teriam, então, uma chance maior de se
transformar em adolescentes violentos.
Os dois pesquisadores apresentaram muitas evidências
em favor de sua tese. Primeiro, a queda na taxa de homicídios estava claramente
associada a um número menor de crimes cometidos por jovens; segundo, os estados
que haviam legalizado o aborto antes da decisão da Suprema Corte experimentaram
antes o declínio dos crimes violentos; terceiro, os estados com maiores taxas
de aborto tiveram as maiores reduções nas taxas de crimes violentos. Donohue e
Levitt (Donuhue, John e Levitt, Steven D. “Legalized Abortion and
Crime”, Quarterly Journal of Economics, 2001) estimaram que as taxas criminais em
1997 foram entre 10 a 20% mais baixas do que seriam caso não houvesse a
legalização do aborto. Tal fenômeno, então, responderia por, pelo menos, metade
das reduções nas taxas criminais observadas no período.
As reações a este estudo foram, como se pode
imaginar, furiosas, especialmente por conta da forte presença do
fundamentalismo religioso nos EUA. (Trecho do livro de Marcos ROLIM: “EVIDÊNCIAS
CIENTÍFICAS SOBRE O DESARMAMENTO ou ‘tudo aquilo que o lobby das armas não
gostaria que você soubesse’”; disponível em <<http://www.rolim.com.br/2002/_pdfs/mar06.pdf>>,
acesso em 29 jun. 2012. Pag. 19 e 20).
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