A gritaria histerica do beautiful people sobre o assassinato de um marginal.
A boa compreensão deste texto exige a leitura do artigo "Bandido bom é bandido morto" de Thadeu de Souza Brandão, Profº Drº.
Este espaço tem a proposta de ser ágora a todos que quiserem discutir assuntos pertinentes às Políticas Públicas de Segurança e às intercorrências cotidianas que produzem percepção de (in)segurança em espaços urbanos públicos.
sábado, 31 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Artigo de José Eduardo Azevedo, missão francesa na PMESP e aspectos sociais, políticos, culturais...
Na história da Polícia Militar de São Paulo, muitas foram as teorias que
pretenderam justificar a governamentalização do Estado brasileiro. Ciente de que legitimar a
concepção organizacional é um fundamento que atribui funções positivas a ordem
institucional, deixando de lado a referência analítica de uma sociedade excludente e suas
fricções de segmentos sociais, esta abordagem busca a partir da análise genealógica
compreender a história efetiva dos acontecimentos e a captação das forças em lutas no jogo da
história.
Artigo de José Eduardo Azevedo
pretenderam justificar a governamentalização do Estado brasileiro. Ciente de que legitimar a
concepção organizacional é um fundamento que atribui funções positivas a ordem
institucional, deixando de lado a referência analítica de uma sociedade excludente e suas
fricções de segmentos sociais, esta abordagem busca a partir da análise genealógica
compreender a história efetiva dos acontecimentos e a captação das forças em lutas no jogo da
história.
Artigo de José Eduardo Azevedo
Educação e Segurança Pública
Ricardo Balestreri: "Os operadores de Segurança Pública - policiais, bombeiros, guardas municipais, agentes penitenciários - são entes de tal importância para a manutenção de culturas democráticas de direito, são agentes tão impactantes na consciência e também no inconsciente popular, que deles não se pode pedir apenas que respeitem os direitos humanos (...) cabe-lhes, muito além, coprotagonizar a... promoção dos direitos humanos, cônscios de que são agentes proponentes de uma cultura moral, balizadores imprescindíveis das condutas coletivas, contendedores de desvios individuais e grupais que atacam os direitos e garantias do conjunto da sociedade e das pessoas dos cidadãos. (...) Precisamos intensificar esforços no sentido da construção de uma cultura permanente de direitos humanos, justiça e paz. Não há outra forma de fazê-lo a não ser através da educação."
quarta-feira, 28 de março de 2012
Texto de Eliane Brum: Eike Batista, um super pai?
Eike Batista, um superpai
Um exemplo das intercorrências cotidianas que formam o contexto social e político e que, ao final de um processo contínuo e dinâmico, resulta em tranquilidade ou insegurança.
Um exemplo das intercorrências cotidianas que formam o contexto social e político e que, ao final de um processo contínuo e dinâmico, resulta em tranquilidade ou insegurança.
terça-feira, 27 de março de 2012
Mea culpa mea maxima culpa (será ?!?!?!)
“Penso que a PM é feita para proteger a todos, inclusive,
torcedores organizados. É óbvio que a culpa
não é exclusiva da Polícia Militar e que as torcidas organizadas são sim, responsáveis
por mais uma morte (Rafael Santos).” Texto disponível em: http://br.esportes.yahoo.com/
blogs /futebol-cincoestrelas/vanda lismo-mortes-e-o-cinismo-das-autoridades-p%C3%BAblicas-152238959.html).
Destaque, em negrito, pelo autor.
O excerto acima está num texto que tece
comentários sobre a violência entre torcidas organizadas no Futebol Paulista, a
pontuar a morte de um torcedor e a vitimização de outros que foram gravemente
feridos num embate entre grupos rivais de torcedores de futebol.
O que me inquieta, nos desdobramentos e
comentários relativos à “guerra campal” (que vitimou fatalmente uma pessoa - André
Alves Lezo - e acabou por ferir gravemente outros), é que “a culpa não é exclusiva
da Polícia Militar”, ou seja, me parece que o autor acredita que a PMESP
concorre com outros entes pela situação de violência no futebol paulista, dentro e fora de campo. A
Polícia parece entender da mesma forma, visto que a atitude de “reforçar o
policiamento para os próximos clássicos” aponta que se aceita a responsabilização,
conforme compreensão minha, pela tragédia que ocorreu numa localidade distante do
palco do evento esportivo.
- Qual é o limite, em números de policiais e em área de abrangência, para reforçar o policiamento em novos jogos de futebol entre o Sport Club Corinthians Paulista e a Sociedade Esportiva Palmeiras?
- O que mais poderia ter sido feito?
- Até quando se deve assumir a culpa pelos resultados de contextos violentos, cujas causas fogem às ações de polícia?
Valter Padulla
domingo, 25 de março de 2012
Apresentação da dissertação: Segurança Pública: análise semiótica da Praça Coronel Benedito de Almeida
Socializo a apresentação da minha dissertação com a intenção de facilitar o acesso ao trabalho de pesquisa e as conclusões da pesquisa.
Apresentacao-Seguranca-Publica-Analise-semiotica-da-Praca-Coronel-Benedito-de-Almeida-Mogi-das-Cruzes-SP
Apresentacao-Seguranca-Publica-Analise-semiotica-da-Praca-Coronel-Benedito-de-Almeida-Mogi-das-Cruzes-SP
sábado, 24 de março de 2012
Agências particulares contratadas para oferecer serviços de policiamento
Privatização do policiamento
Quando estive na Noruega, fiquei sabendo (num quartel de bombeiros) que o combate a incêndios era feito por funcionários públicos e por uma empresa, se bem me lembro paga pelo governo. Será que está chegando a vez do policiamento?
Comentário do pesquisador Claudio Beato (via FaceBook): Aquela velha definição weberiana de que o Estado é uma organização que detém o monopólio do uso da força está definitivamente sepultada. A Inglaterra (o Canadá também) está cada vez mais privatizando suas polícias,
Será que conseguiríamos discutir algo assim por aqui sem preconceitos e de forma racional?
Quando estive na Noruega, fiquei sabendo (num quartel de bombeiros) que o combate a incêndios era feito por funcionários públicos e por uma empresa, se bem me lembro paga pelo governo. Será que está chegando a vez do policiamento?
Comentário do pesquisador Claudio Beato (via FaceBook): Aquela velha definição weberiana de que o Estado é uma organização que detém o monopólio do uso da força está definitivamente sepultada. A Inglaterra (o Canadá também) está cada vez mais privatizando suas polícias,
Será que conseguiríamos discutir algo assim por aqui sem preconceitos e de forma racional?
Pluralidade
Há uma situação paradoxal em relação aos negócios da
segurança pública, que parecem ser, ao mesmo tempo, complicadíssimos e de fácil solução. Complicadíssimo em razão de que não há uma solução visível e a sociedade sente-se cada vez mais amedrontada, mas também podem ser entendidos como fáceis por estarem sempre presentes nas discussões, em todos os ambientes e classes, com soluções definitivas, mesmo que algumas soem extremamente anti-democráticas ou "mágicas" (quem nunca ouviu que a resposta ao crime é encher um navio com os bandidos e jogá-los em mar aberto?).
A seriedade que o tema requer se perde no campo das paixões, isto é,
antes de qualquer argumentação se estabelecem as “equipes que se enfrentarão”. Se
o posicionamento é contrário ao governo, ou mesmo à Polícia, então todas as
ações (presentes, futuras e passadas) estão maculadas com a intolerância, o
preconceito, a falta de entendimento, a truculência e a dissociação com os
interesses democráticos e legítimos da sociedade. Por outro lado, se o
entendimento tiver por origem alguém filiado à situação, todas as atividades
estão corretíssimas e quem estiver contra está errado.
Um
assunto tão sério, como é o caso da Segurança Pública, não pode ser
negligenciado por nenhum setor da sociedade. E a mesa de discussões deve conter
lugar para todos.
Valter Padulla
Mia Couto: murar o medo
Considerações do escritor moçambicano Mia Couto sobre o medo e a insegurança pública.
Herrar é umano !
Se há um lugar comum onde todas as pessoas
podem ser categorizadas, este é a falibilidade, talvez seja a característica
que melhor defina o ser humano. Todos nós, pessoas, cometemos equívocos, com frequência,
e intensidade, menor que os inimigos contabilizam ou maior que admitimos...
O último bastião da infalibilidade caiu em 4 de novembro de 1992 - quando o Papa João Paulo II, infalível, admitiu que a igreja cometeu um grave erro ao condenar Galileu Galilei por seu posicionamento "herético", acompanhando Nicolau Copérnico, sobre o heliocentrismo.
O último bastião da infalibilidade caiu em 4 de novembro de 1992 - quando o Papa João Paulo II, infalível, admitiu que a igreja cometeu um grave erro ao condenar Galileu Galilei por seu posicionamento "herético", acompanhando Nicolau Copérnico, sobre o heliocentrismo.
No entanto há um outro aspecto que deve ser
observado, qual seja, além de falível o ser humano é complexo, isto é, uma
pessoa não é apenas “uma pessoa” trata-se de várias pessoas, desempenhando
papéis diferentes, que demandam posicionamentos diferentes e, sobretudo,
atitudes diferentes.
Por conta da característica multifacetária de cada ser humano há momentos em que o erro não é admissível, por exemplo quando alguém desempenha o papel de cirurgião neurológico, em que o menor equívoco pode ser fatal, ou causar um dano irreparável num paciente.
Por conta da característica multifacetária de cada ser humano há momentos em que o erro não é admissível, por exemplo quando alguém desempenha o papel de cirurgião neurológico, em que o menor equívoco pode ser fatal, ou causar um dano irreparável num paciente.
Muito bem, somos falíveis, mas ao mesmo tempo,
em algumas circunstâncias, somos entendidos como infalíveis; situações
dificílimas de conciliação. Profissionais que lidam com assuntos emergenciais
ligados à Segurança Pública andam no fio da navalha, em sua lide diária
profissional, por conta de serem, ao mesmo tempo, humanos e policiais.
Toda decisão policial implica numa consequência,
imediata ou não, a influenciar na vida de muitos cidadãos, portanto com altíssimo preço para resultados não desejados, ou ainda, estes ERROS NÃO SÃO TOLERADOS, seja pela mídia, pela sociedade, pela vítima e, mesmo, pelo próprio policial.
Ainda há outro ponto de destaque numa ação policial: as respostas exigem urgência, mas as variáveis do problema nem sempre são conhecidas cabalmente e os desdobramentos de uma ação policial podem fugir ao controle.
Ainda há outro ponto de destaque numa ação policial: as respostas exigem urgência, mas as variáveis do problema nem sempre são conhecidas cabalmente e os desdobramentos de uma ação policial podem fugir ao controle.
As reflexões acima não levam em consideração
comportamentos, observáveis em seres humanos, como ações de intolerância,
ilegalidade e truculência, porém servem de esteio ao entendimento de que o
assunto segurança pública é mais amplo, por suas causas e intercorrências, que
possa (trans)parecer à primeira vista, numa reportagem policial ou mesmo num
artigo escrito por um “especialista” em segurança pública.
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