O Poder Legislativo tem como principal
tarefa o regramento da vida dos brasileiros, na produção de leis e ordenamentos
ao país. Curiosamente, no Brasil, há o fenômeno “pega-não pega” para as leis,
ou seja, algumas leis serão executadas, “aceitas” e fiscalizado o seu cumprimento
(estas “pegaram”), todavia algumas outras cairão no desuso e, por fim, cairão
no esquecimento (em outras palavras “não pegaram”).
Além do Poder Legislativo há outra, poderosa,
legisladora: a VIOLÊNCIA. A violência dita normas há um bom tempo, com maior
intensidade e veemência. Ao contrário do Poder Legislativo, todas as leis da violência
“pegam”.
A violência decretou várias alterações no
cotidiano brasileiro. Não se compram veículos sem assegurá-los antes de sair da
agência. Antes de dormir trancam-se as portas com todas as fechaduras
possíveis. Não há projeto de conjuntos habitacionais sem a presença de portaria
para controle e triagem de entrada. Junto à prosperidade e sucesso na carreira
profissional vem a necessidade de contratar agentes de segurança, por vezes
guarda-costas.
Uma das leis da violência refere-se à
indumentária e reza que quando houver clássicos de futebol não é permitido usarroupas que identifiquem o indivíduo com seu clube preferido...
A lista das leis da violência tende a estender-se, sem sinais de que algumas delas cairão em desuso. Tais regramentos
necessitam de sustentação de parte significativa da população para continuarem em vigência,
pode-se dizer que não há aparato policial que dê conta de tal situação...
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