A leitura das ações propostas pelo presidentevenezuelano para conter a violência em relação às condições do país que sedia a “República
Bolivariana”, de Hugo Chaves, possibilitam breves comentários sobre a (in)segurança
pública, como efeito da confluência de vários fatores. A visão da questão ocorre indiretamente, ou seja, pelas formas de abordar a crise se percebe, entendo eu, as causas eleitas pelo governo como geradoras do crime e violência.
Note-se que todo contexto descrito aponta
para uma situação caótica[i],
sendo expressa, a atual condição venezuelana, pela insegurança
pública. As notícias dão conta de que o país está mergulhado numa grande crise,
a ponto do presidente denominar a violência e criminalidade como partes de um “golpe
de estado”, talvez um golpe NO Estado.
O “Plano de Paz e Convivência” se motiva na
necessidade de “pacificar” a Venezuela, ou seja, há, claramente, a compreensão
de que o país está intranquilo, violento e em desordem.
O conceito é de “...dez
linhas de ação que devem confluir na construção da paz e de uma autoridade
pública com capacidade de proteger de verdade...”.
Eis as dez linhas de trabalho de Nicolas
Maduro[ii]:
1.Melhorar o sistema de vigilância policial.
2.Desarmamento da população e a desmobilização
de bandos violentos e criminosos.
3.Fortalecimento e expansão do “Movimento pela
Vida e pela Paz”, com estruturação em todos os municípios e setores populares.
4.Eventos de abrangência nacional (esportivo/cultural/artístico/musical)
sob o lema “Vamos fazer a paz”.
5.Construção e delimitação de territórios de paz,
onde não há atos criminosos/violentos.
6.Projeto e início de uma nova cultura
comunicacional de paz.
7.Conversão de estabelecimentos carcerários em oficinas
de trabalho, produção e educação obrigatórios.
8.A promulgação de legislação específica para
aumentar os poderes das comunidades à justiça de paz.
9.Converter os atuais programas sociais
venezuelanos (Misiones Bolivarianas) em programas especiais para promover a
paz.
10.Criação
de uma brigada policial-militar “para investigar, combater e neutralizar grupos
de narcotraficantes”.
Das dez ações governamentais/populares,
quatro se voltam diretamente a trabalhos policiais, mas é importante notar, ao
menos conforme o discurso, que outras linhas são abrangentes e visam atuar na
vida social em sua plenitude.
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