domingo, 30 de dezembro de 2012

Homem compra TV, pela internet, e recebe rifle semi-automático.

Cliente compra tv, pela internet, e recebe arma de fogo em casa.


O texto da notícia dá a entender que foi um engano, ou seja, a pessoa pediu uma mercadoria e recebeu outra... a não ser pela característica da mercadoria recebida, um rifle... Num país (EUA) onde ocorreram muitos casos de ataques de franco-atiradores, em escolas públicas, com muitas vítimas, um “equívoco” destes é muito sério.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Teoria da criminologia ambiental (TCA)


A teoria da criminologia ambiental trata, entre outros objetos, dos padrões do fenômeno da criminalidade, tendo em conta o espaço urbano e o impacto das suas variáveis estruturais constituintes sobre as percepções e ações de potenciais vítimas e criminosos. Abordagens da TCA incluem as percepções e respectivas respostas em relação a estereótipos da insegurança, caso do “beco sem saída”, da “rua escura”, do momento do fim do dia em que “tudo fica deserto”, etc (DANTAS, PERSIJN e SILVA FILHO[i], 2006, pag. 5).

Segundo a citação acima se entende que determinados tipos de configurações espaciais urbanas tendem a sugerir aos usuários, como recorrência a experiências anteriores (vivenciadas ou notificadas), que há, potencialmente, perigo neste “tipo” de locais.

O uso da estatística de eventos delituosos (evolução nos índices criminais, especialmente o homicídio doloso) não é suficiente, aliás longe disto, para representar as condições de insegurança a que a população está exposta.

Entendo que a TCA deveria ser levada em consideração na composição, pelos órgãos de pesquisa em criminologia, das condições de insegurança vivenciada nas cidades, ou seja, como uma forma de descortinar como os criminosos, por via das características ambientais encontram oportunidades para delinquir e entender como a cidade, enquanto ambiente - amigável ou hostil -, se apresenta aos cidadãos usuários do espaço urbano público.

É fator relevante considerar que o medo, em si, já é um algoz, visto que ainda que nenhum delito tenha atingido um determinado indivíduo, a ansiedade e incerteza por eventuais violências que possam ocorrer já o coloca numa condição de vítima, a sofrer as consequências do fenômeno conhecido como “medo do crime”.

Outro dado importante, em relação à arquitetura e à TCA, é sua característica de indicar os níveis de expectativa de violência, conforme afirma Burke:
A violência e a expectativa dela deixaram muitos traços na paisagem urbana atual. Em Chicago, as fortalezas dos líderes dos muçulmanos negros chamam a atenção. Os morros cariocas também podem ser considerados como fortalezas, ou como no-go áreas, como dizem em Belfast, onde a polícia normalmente não ousa entrar. Os modernos condomínios de São Paulo, Nova York, Los Angeles e outras cidades, com sua segregação espacial, seus altos muros ou cercas e guardas de segurança na entrada – para não mencionar os cães e sistemas de alarme – são outro sinal da expectativa de violência (BURKE[ii], 2002, 42).



[i] DANTAS, G.F.L.; PERSIJN, A.; SILVA JUNIOR, A.P. O medo do crime. 2006. Disponível em <<http://www.observatorioseguranca.org/pdf/01%20(60).pdf>>, acesso em 21 out. 2010.

[ii] BURKE, P. Violência urbana e civilização. In: Insegurança Pública – Reflexões sobre a criminalidade e a violência urbana. Org: Nilson Vieira Oliveira. São Paulo: Nova Alexandria, 2002. Páginas 32-50.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

O que Nova York pode ensinar a SP no combate à violência?

Temática "Insegurança Pública" em Nova Iorque e São Paulo

Muito interessante a abordagem à criminologia situacional (o ambiente construído, especialmente o espaço público urbano, como aspecto causador de oportunidades a criminosos).

Também destaco que este assunto "gira, gira, gira" e acaba tocando o policiamento e, com ênfase, a Polícia.

Não tenho dúvidas de que a Polícia deve ser discutida, comentada, analisada e (re)pensada, mas continuo insistindo que a Polícia não é formadora do contexto, ela é parte dele e, a levar este ponto em consideração, lembro que o nome mais citado, durante a "limpeza" feita em Nova Iorque, era o do Prefeito Rudolph Giuliani, ou seja, o líder da "causa", e isso faz muita falta em São Paulo.

A propor uma resposta para o título-pergunta eu diria: um auxílio muito bem vindo de Nova Iorque seria ensinar os eleitores paulistanos a colocar, como chefe do executivo municipal, alguém que seja líder e que leve a sério as condições de vida dos cidadãos que moram em São Paulo.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Definitivamente o rei Momo não é um grande incentivador da ordem pública...

Ao passar, numa das avenidas de Natal/RN, observei diversos espaços comerciais, residenciais e de serviços em processo de “proteção”.

A informação sobre a situação é que a proteção é constituída por tapumes de madeira, literalmente fechando a passagem, a separar as calçadas das edificações, e se presta a evitar que os foliões do CARNATAL, que terá início, neste ano, em 6 de dezembro, pulem/invadam casas e estabelecimentos comerciais para “brincar” o carnaval fora de época de uma forma bem estranha, isto é, a brincadeira é urinar, defecar, manter relações sexuais, e o que mais puder/conseguir.

Evidentemente que defender seu território de qualquer uma das atividades referidas seria uma atividade de grande risco, visto que os sujeitos/sujeitas das brincadeiras estarão alcoolizadas/alcoolizados e, obviamente, com gente neste estado não é lá muito salutar discutir...

A estratégia encontrada é se trancar e se “embarricar”, como os norte-americanos quando esperavam pela fúria do Furacão Sandy.

Alegria de uns, desgraça de outros...

Não é questão de condenar a manifestação cultural da nossa gente, mas, na moral, não daria pra se comportar melhor?











Quem vê a campanha de promoção do evento Carnatal nem imagina os transtornos que TODOS NUM SÓ CORAÇÃO causam aos moradores/trabalhadores, que têm o desprazer de habitarem/trabalharem num dos logradouros públicos que ficam na rota dos trios elétricos.