quinta-feira, 27 de março de 2014

Faculdade não é lugar de Polícia!

Vários episódios pelo Brasil (São Paulo, Guarulhos, Natal, Rio de Janeiro, Florianópolis, etc) estabelecem que os campi das Universidades Federais estão fora do território brasileiros, ao menos no que se refere à aplicação da lei. Em todos eles as condições de insegurança aos alunos são flagrantes. Entretanto a preferência dos gestores administrativos educacionais tem sido inclinada à delinquência, com clara ojeriza à Polícia.

Em nosso país há, pelo menos, três categorias de leis – quanto à aplicação – as que “pegam”, as que “não pegam” e aquelas que “pegam” por um tempo e depois caem no desuso. O uso de entorpecentes está na terceira categoria, ou seja, ainda é ilegal, mas não é aplicada, raramente há um caso de prisão por posse de maconha, por vezes nem mesmo o tráfico é punido...

Nos campi das Universidades Federais a maconha já foi liberada há muito tempo, há um salvo conduto para os usuários. Sabedores de tal condição, os vendedores do “cigarrinho do capeta” encontram livre trânsito para seu comércio. Até aí tudo bem, trata-se “apenas” do descumprimento da lei, “passa batido”, só o cheiro característico...

Mas há um problema: a insegurança e a violência. As faculdades não têm portas fechadas para os campi, a entrada é franca, logo, todos os viciados que quiserem desfrutar de alegres momentos embalados à cannabis sativa, mesmo que não forem discentes. Ocorre, a continuar nesta linha de raciocínio, que nem sempre os usuários têm dinheiro para sustentar o vício, isto é, precisam de patrocínio, voluntário ou não – normalmente “não”. Sendo assim os tais usuários precisam de dinheiro, ou de coisas que possam “transformar” em dinheiro – telemóveis preferencialmente. Daí vem a insegurança e a violência vivenciada pelos alunos.

O ponto de vendas merece destaque especial, na cadeia comercial da maconha. Sendo um empreendimento lucrativo sem impostos, livre nos campi federais brasileiros, é óbvio que nenhum “dono de boca de fumo” vai perder a oportunidade “na boa”, nem mesmo compartilhar os ganhos com a concorrência. A forma mais prática de lidar com outros “empreendedores” é a força “exemplar”, já que a prática é – in tese – ilegal. Daí vem a insegurança e a violência vivenciada pelos alunos.

Há um fortalecimento contínuo nas linhas de defesa aos usuários e vendedores, não se demonstra a mesma energia em relação aos universitários, a lembrar o fato de que quem quer ir para escola fumar maconha nem está tão preocupado com os estudos.


Em outras palavras, a Escola do Brasil – mormente as Universidades Federais - é tolerante para com os usuários e traficantes, mas intolerante com quem quer estudar, no sentido de que há uma aparente indiferença com a preservação de ambientes estudantis tranquilos e propícios ao aprendizado.

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