segunda-feira, 17 de março de 2014

Percepções que os índices criminais parecem não “alcançar”

Residências com maior proteção passiva (cercas elétricas, câmeras de monitoração, muros altos) e ativa (vigilantes, holofotes acionados por movimento, alarmes, cães) indicam que o medo e a insegurança estão em franca ascensão entre os brasileiros.

A população demonstra-se refratária aos números estatísticos sobre a evolução da violência/criminalidade, como “constatação” de crescimento ou decréscimo da delinquência. As pessoas não querem arriscar. O fenômeno pode ser entendido como instinto de preservação e, sobretudo, o impacto da violência em quem é atingido diretamente e, talvez na mesma intensidade, por quem é atingido indiretamente (presenciou, teve alguém próximo vitimizado pelo crime). Os meios de comunicação têm se caracterizado como poderosos vetores do impacto indireto.

A segurança pública, ao se entendida como o resultado contextual que comunica tranquilidade e acolhimento ao cidadão, transforma-se em algo bem maior que a simples notícia de que em alguns lugares as taxas de crime estão a diminuir, pelo motivo de que um único evento, estatisticamente irrelevante, é brutalmente impactante para a vítima.

A crescente procura por veículos blindados indica que brasileiros estão a temer pela vida, ainda que, racionalmente, não haja motivos para tal, mas, por outro lado, sem motivos não haveria este pesado investimento.

A questão da garantia de tranquilidade e paz aos cidadãos apresenta-se desafiadora e, ao mesmo tempo, urgente, entretanto há algo estabelecido, como uma proposta de resposta:

PERCEPÇÃO DE INSEGURANÇA DECORRE DE VÁRIOS FATORES QUE, ESTOCASTICAMENTE, FAZEM PARTE DO COTIDIANO, PARA ALTERAR TAL SITUAÇÃO FAZ-SE NECESSÁRIO QUE CADA UM DESTES FATORES SEJA COMBATIDO E, ASSIM, APÓS UM TEMPO DE TRANQUILIDADE A SENSAÇÃO SERÁ OUTRA.

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