Hans Christian Andersen, o autor dinamarquês
de contos infantis, nos brindou, adultos e crianças, com o conto “A roupa nova
do rei”.
No conto há o rei, extremamente vaidoso, sua corte, o povo e um
malandro passando-se por alfaiate de
renome e grande talento.
A roupa, que é mágica, cosida com fios de
ouro, e esplêndida, cheia de detalhes, magnífica, guarda uma peculiaridade, para enxergá-la é preciso ser inteligente. Os estúpidos não conseguem ver a
fazenda que é tecida no tear encantado. A ressalva é um aviso do “alfaiate”.
O bandido recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas.
Ao final do trabalho, o rei, que também não
quer ser estúpido, veste seus trajes e desfila nas ruas de sua capital, para o
povo. Todos aplaudem a elegância real... Porém uma criança, que não foi
aprisionada pelos laços do “politicamente correto”, brada na direção do
monarca: O REI ESTÁ NU!
O imperador sentiu o sangue gelar, pois percebeu que todo mundo tinha razão, mas pensou consigo: “Agora preciso continuar até o fim do desfile”.E os valetes iam andando atrás, carregando uma cauda que simplesmente não existia.
Morais da história:
1- Mesmo as políticas públicas de segurança
e os conceitos mais estapafúrdios continuam sendo aplicados por governos que
parecem não se importar com os olhares populares, que não enxergam nenhuma eficácia;
2- Sempre haverá valetes a fingir que tudo
está bem, a produzir números e pesquisas, como forma de bendizer as políticas
públicas de segurança estapafúrdias;
3- A prática de tratar bandidos como “vítimas
da sociedade” para tentar a humanização e a igualdade entre as pessoas, não pode
encobrir o fato de que hoje estão a rapinar os trabalhadores, sob o manto, bem perceptível,
da impunidade.
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