O sujeito acorda para mais um dia de
trabalho, toma seu desjejum, vai até o ponto de ônibus/trem/metrô e, enquanto não chega a seu destino, espera vítimas para suas “encoxadas”, uma “brincadeira” levada a
sério por seus praticantes, com agremiações, debates, etc.
Na notícia do site R7 o artigo “Sites que exaltam ‘encoxadas’ se multiplicam e praticantes marcam até ‘rolezinhos’”,
narra algumas das peripécias dos encoxadores, que inclusive registram, e
compartilham pelas redes sociais, suas ações, no dizer do articulista:
As histórias, que vêm de várias partes do País, chamam atenção pela quantidade de detalhes e descortinam a certeza da impunidade.
A
prática é antiga, a novidade fica por conta do sucesso e exaltação dos abusos
sexuais, nas redes sociais (com grupos temáticos compostos por homens e “mulheres”),
ou seja, cresce o número de indivíduos que não somente divertem-se às custas de
suas vítimas, como também adquirem renome/fama por seus atos. Em ação a
impunidade, a incentivar que novos adeptos engrossem as fileiras dos
encoxadores.
A
(in)segurança pública é o resultado do contexto social, fortemente demarcado
pelos valores cultuados pela sociedade. Dentre um conjunto de fatores está o
medo e humilhação, da parte das mulheres, dentro dos coletivos.
Destaque para a distorção dos direitos humanos, no sentido de que a instrumentação do Direito posta-se a favor dos delinquentes; às vítimas cabe o constrangimento, a humilhação e, sobretudo o ônus da prova.
Como provar, materialmente, uma situação como esta? Como conseguir testemunhas que se disponibilizem a ajudar a vítima e confirmar os fatos em Distrito Policial? Tudo é muito difícil e trabalhoso para as vítimas...
O atual momento marcado pela “delinquência narcísica” (com glamourização do crime e dos criminosos) sugere
que as mulheres que sofrem abusos nos coletivos terão que buscar outros meios
para locomoção ou, então, resignarem-se à condição de vítimas indefesas...
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