Em 10 de fevereiro de 2014 publiquei
comentários sobre o caso do jovem carioca que foi amarrado a um poste, nu, após
roubar/furtar pessoas na cidade do Rio de Janeiro/RJ.
Nesta postagem trago um artigo de Portugalsobre situações de justiçamento que ocorrem no Brasil. O articulista adiciona
outros eventos ao que se deu no Rio de Janeiro/RJ.
Parece que há uma epidemia de “justiça com
as próprias mãos”, talvez um dos efeitos da violência é a coisificação das
vítimas – parte dos criminosos – e desumanização dos bandidos – por parte dos
justiceiros. Seremos, cedo ou tarde, coisas ou animais, ainda que a ação de
crime/violência não seja direta, o brasileiro é convidado, “forçosamente”, a participar
dos crimes, por via da mídia.
A questão de difícil posicionamento me remete
– sem intenção de tomar partido ou emitir juízo – à peça “Ricardo
III[i]”,
de William Shakespeare:
ANA — Pérfido, tu não conheces nem a lei de Deus nem a lei dos homens. Não há besta alguma, por mais feroz, que não conheça a piedade.
RICARDO (Duque de Gloucester) — Mas eu não a conheço, de sorte que não sou besta alguma.
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