É preciso
repensar as limitações impostas para o uso público dos espaços da cidade. Proibir
a livre circulação por margens de rios, por exemplo, pode provocar o efeito
indesejável de transformar tais locais em “refúgio” de delinquentes.
O não uso
está muito próximo do abandono, espaços urbanos abandonados “atraem” problemas
e degradação, lembro a teoria de George Kelling “janelas quebradas”:
“Considere-se um edifício com algumas janelas quebradas. Se as janelas não são reparadas, a tendência é para que vândalos partam mais janelas. Eventualmente, poderão entrar no edifício, e se este estiver desocupado, tornam-se "ocupas" ou incendeiam o edifício.Ou considere-se um passeio. Algum lixo acumula-se. Depois, mais lixo acumula. Eventualmente, as pessoas começam a deixar sacos de lixo.”
O significado de “proibição”, obviamente,
somente faz sentido a quem respeita a proibição, aos desordeiros nem sempre. A proibição
do uso da cidade, quando mal planejada, acarreta a “destinação” involuntária de
espaços urbanos a criminosos. A proibição para uns se traduz, para outros, em
liberação.
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