Houve um período
de tempo, no antigo Império Romano, sem guerras civis significativas, de ordem social, prosperidade, desenvolvimento na infraestrutura, tal espaço
temporal é conhecido como PAX ROMANA.
A força
militar, personificada nas Legiões, constituiu o ponto forte da PAX ROMANA. O não-uso interno dos exércitos
indica que a ordem e o progresso reinavam dentro das fronteiras, muito bem
delimitadas. Os povos anexados pelo Império também se beneficiavam
com a PAX ROMANA.
Entretanto o
período (27 aC – 180 dC), para as terras além das bordas sob a dominação
romana, era turbulento e belicoso. Portanto a chave do sucesso romano, e o
estabelecimento da PAX ROMANA para os
patrícios e anexados, repousou no êxito da missão de manter os bárbaros atrás das
fronteiras.
O exemplo histórico
vem à baila por conta da notícia de TROPAS FEDERAIS PARA O GOVERNADOR FLUMINENSE. Os constantes ataques às Unidades de
Polícia Pacificadora, demonstra, de forma gritante, que as comunidades
pacificadas talvez não estejam, de fato, “pacificadas”.
Parece-me
que os morros cariocas posicionam-se além das bordas da Cidade Maravilhosa,
locais de barbaridades. A incrustação de Postos Avançados nas comunidades não
significa que haverá ordem social, civilidade, urbanidade “por decreto”, há um
caminho a trilhar, na direção da produção de condições fortes e estáveis que tenham o
condão de anexar os povos dos morros, na prática “apátridas”, ao Estado. Na falta
destas condições o governo “bota as tropas na rua”.
Talvez o
caminho, a ser pavimentado, para construção de culturas de paz não obedeça ao
cronograma da Copa do Mundo 2014...
Talvez a
didática romana de massacrar, sob o gládio, antes de anexar, ainda faça
discípulos...
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