sexta-feira, 21 de março de 2014

A “Pax Romana” no Rio de Janeiro

Houve um período de tempo, no antigo Império Romano, sem guerras civis significativas, de ordem social, prosperidade, desenvolvimento na infraestrutura, tal espaço temporal é conhecido como PAX ROMANA.

A força militar, personificada nas Legiões, constituiu o ponto forte da PAX ROMANA. O não-uso interno dos exércitos indica que a ordem e o progresso reinavam dentro das fronteiras, muito bem delimitadas. Os povos anexados pelo Império também se beneficiavam com a PAX ROMANA.

Entretanto o período (27 aC – 180 dC), para as terras além das bordas sob a dominação romana, era turbulento e belicoso. Portanto a chave do sucesso romano, e o estabelecimento da PAX ROMANA para os patrícios e anexados, repousou no êxito da missão de manter os bárbaros atrás das fronteiras.

O exemplo histórico vem à baila por conta da notícia de TROPAS FEDERAIS PARA O GOVERNADOR FLUMINENSE. Os constantes ataques às Unidades de Polícia Pacificadora, demonstra, de forma gritante, que as comunidades pacificadas talvez não estejam, de fato, “pacificadas”.

Parece-me que os morros cariocas posicionam-se além das bordas da Cidade Maravilhosa, locais de barbaridades. A incrustação de Postos Avançados nas comunidades não significa que haverá ordem social, civilidade, urbanidade “por decreto”, há um caminho a trilhar, na direção da produção de condições fortes e estáveis que tenham o condão de anexar os povos dos morros, na prática “apátridas”, ao Estado. Na falta destas condições o governo “bota as tropas na rua”.

Talvez o caminho, a ser pavimentado, para construção de culturas de paz não obedeça ao cronograma da Copa do Mundo 2014...


Talvez a didática romana de massacrar, sob o gládio, antes de anexar, ainda faça discípulos...

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