terça-feira, 11 de março de 2014

Quem tem olhos para ver, que veja ! (A sociedade está nua)

Ontem foi Andersen quem mostrou o descompasso entre as imagens e os discursos, no conto “A roupa nova do rei”, e hoje é o telejornal mais capilarizado, em termos de audiência, no Brasil. Registra-se a derrocada do Estado de Direito, nas imagens de policiais militares sendo intimidados porbandidos. Basta se juntar e “fazer frente” aos encarregados da aplicação da lei, em outras palavras, quando o CRIME encontra a oportunidade “tá tudo dominado”.

Os comentários de entrevistados (profissionais da segurança pública) reproduz, na íntegra, a tentativa de mostrar algo que está diametralmente oposto às imagens vistas em rede nacional de televisão...

Um policial diz que os policiais, no exercício da profissão, precisam ter “tolerância acima do normal para lidar com este tipo de atuação técnica”. Ver os patrulheiros apanhando e, ainda assim, inertes, mesmo quando a viatura do Estado é destruída, não parece ser um exercício de tolerância, é claro que o momento é de impotência total diante de um bando de pessoas que simplesmente os proíbe de executar qualquer ação, sendo assim o que resta aos reféns da marginalia é a não-ação...

Outro ponto interessante refere-se à tentativa de inibir as ações criminosas:
Nós conseguimos identificar grande parte dos elementos e eu irei pedir a prisão desses criminosos pelo crime de associação para o tráfico.

Fico a pensar que nenhum dos delinquentes fica apreensivo com tal afirmação, em primeiro lugar porque todos têm passagens pela Polícia, ou seja, presumem, com conhecimento de causa, que nada mais grave vai acontecer. Há também que se considerar que ultimamente nenhum bandido foge das câmeras, elas são ignoradas, inclusive com roubos e estupros em ônibus, diante de celulares, câmeras de segurança instalada nos coletivos, muitos não se preocupam em esconder o rosto...

A população, aturdida, relata constantes ações de violência por parte de organizações criminosas contra policiais.

Especialistas se esmeram em descrever e analisar a questão...

Por fim uma profissional diz que nada vai impedir o trabalho de pacificação da Polícia, pois é... Se intimidar, destruir uma viatura a pauladas, bater e usar de força física contra policial militar que tentou apreender uma sacola com drogas e armas, não impede o trabalho policial, então é o caso de voltar ao dicionário e redefinir os significados de "impedir" e "pacificação"...


Entretanto a situação mais delicada ainda não é a vivenciada pelos policiais espancados e sim dos moradores, visto que em algum momento o plantão dos patrulheiros acaba, porém a convivência da população com os marginais é perene... A sociedade está nua!

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