“Se Hitler invadisse o inferno, eu, pelo menos, faria uma referência favorável ao diabo.” Winston Churchill
Tenho visto com apreensão algumas situações
limítrofes, fio da navalha, em que funcionários encarregados da aplicação da
lei se sentem obrigados a “conviver” com delinquentes. São momentos
corriqueiros da vida cotidiana, indo ao trabalho, levando os filhos para a
escola, instantes em que se estabelece uma trégua, isto é, naquele momento os
aspectos profissionais são deixados de lado... pelo menos parece que sim, mas
será que é assim mesmo?
Pelo visto os malandros alcançaram status e
classe social, fazem parte de um estamento, são reconhecidos por onde caminham,
inclusive por suas "atividades laborais", e vivem suas vidas normalmente, pode
ser dito que estão incorporados à sociedade. De acordo com seu êxito “nos
negócios”, os mais abastados circulam pelas “altas rodas”, como cantou Elis
Regina “tá cada vez mais down o high society”, os de classe média com seus “pares”
socioeconômicos, e assim por diante.
Dia desses soube de uma loja que vende “moda-ladrão”,
nunca me dei conta de que os delinquentes curtem determinado tipo de roupa,
calçados e adereços, mas, pelo visto, há mesmo uma loja (conheci o pai do
vendedor que vende para o bandido “fashion”).
O dono da loja contratou, por extrema
necessidade, alguns policiais para garantir a segurança da loja (se a
natureza da cobra é picar, a do ladrão é roubar). Todavia há uma orientação aos seguranças, qual seja, deixar os “clientes” em paz a
fazer suas compras, só não pode deixar que roubem a loja...
O que dizer dos leões de chácara que atuam
em locais de reunião pública, cujo público constitui-se, escancaradamente, de
bandidos?
Estamos a reconhecer que há momentos em que
a água se mistura com óleo?
A situação lembra um antigo desenho animado
em que os dois protagonistas eram o lobo e o cão pastor (Sam Sheepdog e Ralph Wolf), inimigos no exercício da
profissão, mas, fora do expediente de trabalho, tratam-se como amigos, ocorre
que escolheram atividades antagônicas para “ganhar a vida”, só isso... Só isso?
Fico a pensar no dia em que o cão pastor
diga ao lobo: “Ei amigo, não mate nenhuma ovelha no meu turno de serviço, ok?”,
ou ainda: “Aquela ovelha vai sair pela porta dos fundos em cinco minutos, se 'tiver' que fazer alguma coisa contra ela, por favor, respeite meu local de trabalho.”.
Como ficam as ovelhas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário