sábado, 9 de março de 2013

O talião de Paraisópolis



A quem não é de São Paulo/SP, cabe informar que Paraisópolis é o nome de uma favela no bairro do Morumbi (símbolo de bairro luxuoso destinado à classe “A”), ou seja, há um contraste gritante num mesmo espaço físico.

Em 12 de janeiro deste ano, moradores do Bairro Paraisópolis solicitaram o apoio de guarnições policiais-militares por conta de um baile funk – perturbação do sossego e outras coisas que acontecem neste tipo de evento-, segundo eu soube por um morador da região.

Foi informado, pela mídia, em 07 de março, que a Polícia “chegou chegando” e uma das consequências foi uma adolescente sofrer um trauma no olho, perdendo a visão, em decorrência de ter sido atingida, no globo ocular esquerdo, por uma bala de borracha, durante a ação de choque policial-militar (Notícias do site Terra: “SP: disparos da PM deixam adolescente cega em Paraisópolis”). Segundo consta o lapso temporal de 12 de janeiro a 07 de março se deve a ameaças, de policiais aos moradores, no sentido de não divulgarem o que ocorreu.

Hoje – 09/03/13 – há a notícia, constante do link anexado, de que uma Base Comunitária Móvel, da Polícia Militar, foi atingida em duas situações, sendo que numa delas um policial militar foi alvejado.

Em outubro de 2012, durante os atentados contra a vida de policiais militares, uma lista foi encontrada, em Paraisópolis, com ordens de execução de 40 policiais (do jornal O Estado de São Paulo: “PM encontra em Paraisópolis lista de 40 policiais marcados para morrer”).

Estamos em tempos de legitimação, informal, do “BATEU, LEVOU” ???

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