terça-feira, 5 de março de 2013

Em tempos de ajustar as contas com o “LEÃO” cabe a pergunta: Como está a sua “declaração” do IIP?


Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2012 (Publicação do Forum Brasileiro de Segurança Pública e do Ministério da Justiça) os “Gastos com Segurança Pública e Prisões” no ano de 2011 foram de 51,5 bilhões de reais.

A considerar a matéria da Revista Época (Matéria "O preço do medo", revista número 263 de 2003), que fala em gastos de 104 bilhões (metade público e metade privado), e uma outra reportagem do Jornal Folha de São Paulo ("País tem quase 5 seguranças privados para cada policial), que informa que para cada policial público há 4,9 “policiais privados”, temos uma perspectiva instigante, ou seja, em termos de segurança pública, há, pelo menos, um real privado para cada real público usado para o combate ao crime e à violência. E é possível que os números do Ministério da Justiça estejam subdimensionados, visto que já em 2003 a Revista Época informava este mesmo valor (52 bilhões de reais públicos gastos em Segurança Pública).

Tendo em mente os valores gastos em segurança pública, lembro que, além dos seguranças particulares, o medo e a insegurança suscitam a contratação, direta e indireta, de um enorme contingente, bem como a aquisição de uma gama de equipamentos, voltados à tentativa de garantir tranquilidade e defesa, desde porteiros/vigilantes a concertinas e cercas elétricas.

Os gastos públicos e os gastos privados com segurança pública são impostos à população, os primeiros por serem “impostos” sem possibilidade de fuga da malha fina, principalmente aos que pagam na fonte. Os gastos privados com prevenção e defesa acabam por se impor diante da dificuldade em fugir ao crime e à violência.

Sem a insegurança e o medo a indústria de vigilância privada, eletrônica ou não, não teria a pujança que ostenta, também não haveria a “necessidade” de verdadeiras “fortalezas” a proteger os moradores dos condomínios de luxo.

A lista de serviços e "taxas" pode prosseguir indefinidamente, a citar os automóveis com ar condicionado para possibilitar conforto térmico a quem “precisa” transitar com os vidros fechados nos logradouros públicos, ou ainda o transporte escolar aos alunos que “não podem” caminhar pelas calçadas até o portão dos colégios...

O IIP (Imposto da Insegurança Pública) tem se manifestado, e cobrado seu preço, em múltiplas formas...

Já fez suas contas?

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