segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Uma hora e meia de cotidiano inseguro

Hoje, dia 18/02/13, fui até o Shopping Aricanduva (São Paulo-SP) para a revisão do meu carro.
Para ir do apartamento até a oficina eu tive que planejar o melhor itinerário, visto que a capital paulistana apresenta um trânsito “estressante”, ainda bem que o roteiro é no “contra fluxo”...
Na oficina eu deixei o carro e tive que ir até a estação de Metrô mais próxima, mas como estava com duas camisas da farda eu tive que pensar qual seria a melhor opção, pois em São Paulo não tem sido muito tranquilo andar com uniforme da Polícia Militar, vestindo-o ou não... Decidi ir de táxi, já que o Metrô estava perto.
O itinerário até que não estava congestionado, mas quando o motorista decidiu mudar de faixa houve um problema: um “motoqueiro” (mais para cachorro loco que para motociclista) xingou o motorista e gesticulou (uma reprimenda pela transposição de faixa). Não me pareceu que o taxista tenha “fechado” o motoqueiro, mas é que motoqueiros não podem desacelerar, senão ficam nervosos e, em alguns casos – como citou o motorista – chutam as portas e quebram os espelhos retrovisores...
Cheguei ao Metrô, até entrar no trem tudo normal, onde vi uma cena que nunca imaginei, um dos usuários fecha o bolso da calça com um alfinete – daqueles que se usava em fraldas de pano. Olhei para o moço, intrigado com a cena, e o interpelei, “Trancando o bolso, amigo?”, e obtive a resposta “Pois é, tranco antes que alguém queira me furtar”.
Fiquei pensando na frase “A dor ensina a gemer” e encontrei outras pessoas “gemendo” no vagão, a maioria com suas mochilas viradas para frente (junto ao peito, muito mais incômodo, porém menor a facilidade para furtos) e atentas à movimentação de outros passageiros.
Imediatamente virei minha mochila e fiquei com a mão dentro do bolso onde estavam a carteira e o telefone (Macaco vê, macaco faz... Ou melhor, a insegurança e o medo são contagiosos). Situações corriqueiras do nosso cotidiano de insegurança pública, quando mesmo um simples deslocamento se transforma numa aventura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário