Leio (e compartilho),
pela escrita da Drª Camila Nunes Dias, sobre a tentativa real do governo em bloquear a recepção e a emissão de sinais eletrônicos (comunicação), chega às prisões paulistas com 12 anos de atraso.
Particularmente me chama a atenção o fato de que é normal ver mulheres tirando os sapatos para passar para a área de embarque dos aeroportos e, ao mesmo tempo, assistir nos telejornais a Polícia informando que encontrou telefones celulares dentro dos presídios, ou mesmo a gravação de conversas entre os encarcerados com pessoas de fora.
O artigo é oportuno
e instigante. Aponta a mora estatal em agir, preventivamente, para modificar a
situação de livre comunicação telefônica de líderes de organizações criminosas
desde os presídios, isto é, parece que estão presos, mas continuam em ação, por
via das ordens “irradiadas” de dentro das celas.
Aliás,
pode-se dizer, na esteira das possibilidades tecnológicas em franco
desenvolvimento, que os presos não usam os aparelhos telefônicos apenas para
falar e ouvir, como também organizam vídeo-conferências, vigiam seus antigos “locais
de trabalho”, fazem pesquisas, movimentam contas bancárias, etc, etc, etc.
Se em algum
momento imaginou-se que o controle era possibilitado por vai do confinamento
físico hoje se sabe que o acesso à tecnologia das telecomunicações quebra todas
as barreiras físicas, visto que um enorme muro de concreto instransponível é “indiscutivelmente”
vulnerável às ondas eletrônicas da comunicação.
Disponibilizar,
voluntária ou involuntariamente, por incompetência ou por conivência, acesso,
pelos presos de alta periculosidade, à sociedade torna a situação incontrolável
e calamitosa.
A reação dos presos contra a intenção estatal de privá-los dos telefones celulares, nas palavras da articulista, é esperada e é, para além disto, mais um indicativo de que há uma condição de intranquilidade geral em estado latente, não há mais o perigo de que os grandes criminosos fujam da prisão, visto que, virtualmente (mas de forma bem presente) eles já transitam, livremente, pelo redil.
A reação dos presos contra a intenção estatal de privá-los dos telefones celulares, nas palavras da articulista, é esperada e é, para além disto, mais um indicativo de que há uma condição de intranquilidade geral em estado latente, não há mais o perigo de que os grandes criminosos fujam da prisão, visto que, virtualmente (mas de forma bem presente) eles já transitam, livremente, pelo redil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário