Matéria televisiva da Globo News trata de pesquisa sobre acidentes automobilísticos envolvendo motociclistas. Os resultados do estudo indicam que, ao contrário do
senso comum, a maior incidência de colisões e quedas de motociclistas ocorre justamente
nos locais menos “favoráveis” a este tipo de situação, ou seja, em retas sem
obstáculos e com o asfalto seco.
A matéria
ainda reforça a questão de que a maioria dos motociclistas estão despreparados
para o trânsito (sem habilitação para pilotar, sem aulas de pilotagem, etc).
O estudo,
indica para além do que mostra a matéria, que problemas não acontecem simplesmente,
eles são provocados.
Penso
que há um ponto importante que merecem reflexão mais demorada, a contraposição
dos direitos individuais e as condições de vida em comunidade, isto é, as
intenções do indivíduo devem ser limitadas ao impacto destas intenções nas
pessoas que interagem com este individuo.
Na
prática, me parece que uma boa parte dos motociclistas acreditam que uma
determinada faixa das ruas e avenidas é destinada a seu uso exclusivo, e que
todos os demais, inclusos aí outros motociclistas, devem dar preferência à
passagem livre de sua motocicleta. Isto se demonstra mais claramente nas vias
com menor possibilidade de ocorrência de acidentes de trânsito, como registra a
pesquisa.
Evoluindo
no argumento para situações mais globais, entendo que há uma mensagem bem frequente
nos meios de comunicação e entre as pessoas, de que as regras são castradoras e
devem, sistematicamente, ser colocadas ao largo da vida quotidiana, mas é bom
lembrar que sem ordenamento nos avizinharemos do caos e o caos não constrói...
A resposta ao título da postagem, segundo me arrisco a sugerir, é que a falta de respeito com o regramento de trânsito, assim como em outros tipos de regramentos, nasce da falta de respeito com o próximo. Quem se entende como acima das leis acaba por se colocar acima de outras pessoas, causando-lhes danos, traumas e mortes.
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