terça-feira, 27 de novembro de 2012

O reducionismo se opõe às possibilidades de soluções para o quotidiano contemporâneo


Como se explica que não sejamos capazes de resolver os problemas urbanos que caracterizam as nossas cidades, neste início de século - degradação do centros, pobreza, falta de alojamento em bairros sociais por oposição ao número crescente de habitações vazias, conflitos étnicos e raciais em bairros de emigrantes, crescente insegurança? Como pensar a participação dos cidadãos na sua cidade e que direitos exercem efectivamente? O que define as várias identidades que compõem a cidade e que papel lhes cabe exercer; os trabalhadores, as mulheres, os emigrantes, as minorias étnicas?

Por detrás destas questões, esconde-se, actualmente, uma certa renúncia em compreender estes fenómenos sob o ponto de vista de uma totalidade social e de procurar medidas governativas capazes; procura-se antes analisar as questões sob perspectivas técnicas especializadas e fragmentárias e visões políticas reducionistas, reveladoras da incapacidade de resolver os verdadeiros problemas.

PROENÇA, Maria Cristina Oliveira. A Cidade e o Habitar no Pensamento de Henri Lefebvre. Dissertação de Mestrado, Universidade de Coimbra, 2011, pág. 9.

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