Não concordo com a definição dos trabalhos nos negócios da
segurança pública como sendo uma “política militarizada”, talvez fosse melhor
se assim ocorresse. O termo remete a uma situação em que há uma estratégia de
controle do crime e da violência, e, sinceramente, não consigo enxergar tal
opção/plano. Penso que há uma carência geral (educação, habitação, emprego,
lazer, etc, etc, etc), que o digam os professores -mormente os que lidam com o
ensino fundamental-, os artistas, os sem-teto, os operários, e por aí vai...
Todavia todas estas facetas da vida urbana podem ser
maquiadas/encobertas –de alguma forma- à população em geral, mas quando há uma
crise a indicar banditismo descontrolado e a percepção de anomia (ainda que em
algumas partes da cidade) aí a coisa muda de figura...
Desta forma o que acontece, a meu ver, é que, diante da
falência (não sei dizer se aguda ou crônica), a última cartada possível é
determinar à polícia que “segure o rojão” e isto não é política militarizada.
A motivação de minha discordância reside no fato de que
enquanto os olhares estiverem voltados unicamente aos resultados observados nos
índices criminais e na percepção de insegurança, pouquíssimas luzes serão
lançadas aos reais problemas das cidades, às causas de uma situação insuportável,
que neste momento chamamos de (in)segurança pública.
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