O texto me remeteu à situação de Pablo Escobar, narcotraficante colombiano, que concordou em ficar na cadeia desde que ele mesmo a fizesse, e foi o que aconteceu.
Muito interessante o texto, revelador. Mais um sinal de alerta piscando. Ou ainda, no dizer de Emanuel Aquino Lopes, uma espécie de frase (no caso um texto) de para-choque de caminhão...
E, por falar no Cel Emanuel Aquino Lopes, transcrevo seus cometários sobre o artigo:
Algumas observações que considero pertinentes: os
principais nós de amarração da facção não estão somente na capital do Estado de
São Paulo, mas ultrapassou fronteiras estaduais e possui sucursais importantes
onde a população carcerária é expressiva. Outro aspecto importante: em 2006
essa facção não exibiu musculatura alguma sendo debelada com rapidez, o que
ocorre hoje de longe não se compara àquela época...podemos dizer que ali foi um
ensaio...para ambos os lados. Quanto à “canhestra e míope politica militarizada
de segurança pública”, por favor não debite esta conta apenas aos fardados,
pois temos uma Polícia Civil que resolve apenas 5% dos casos que lhe são
comunicados e uma Polícia Técnica, também civil, totalmente desaparelhada e sem
efetivo. Portanto, é política de segurança pública inadequada, sem estigmatização
deste ou aquele segmento.
A citada cizânia entre as corporações policiais é
histórica por uma série de razões, desde Dom João VI, e, embora não seja fã do
Governador Alckimin isso também não pode ser debitado integralmente a ele.
Antes dele vem José Serra, o qual, entre outras mazelas, conseguiu
imortalizar-se na história brasileira como um governador que providenciou uma
batalha campal entre as duas polícias, escrevendo um página negra da história
paulista.
O resto do seu artigo é pertinente e nos remete a
uma reflexão além do que escrito: é preciso ser estabelecida a pena de
trabalhos forçados no Brasil e parar de transformar os presídios em depósitos
de gente. Cada presídio tem que ser uma unidade produtiva para o Estado e não
uma universidade do crime com vemos hoje!
Quanto à opinião do leitor (segue ao final do texto) fazendo um paralelo
entre PM e paraquedistas franceses considero inadequada e fora de foco pois o
lugar no mundo policial onde isso sempre ocorrerá será no interior dos
distritos policiais, sem testemunhas e sem direito a recurso algum, a não ser
que algum advogado compareça a tempo e aí temos um potencial diferente para
cada caso...
A opinião citada:
A PM opera segundo a
lógica dos paraquedistas franceses na Argélia. Usam a tortura para conseguir
informações (precárias) e execuções para limpar os quistos de resistência
criminosa (estimulando a violência dos seu inimigos e dos parentes das
vítimas). A ideologia deste trípode guerra chegou a Brasil durante a Ditadura
Militar e desde então não foi substituída. É incompatível com a CF/88 e mesmo
assim segue sendo aplicada pelos coronéis da PM.
A
história, entretanto, demonstra a imbecilidade desta ideologia repressiva. Os
franceses perderam a Guerra da Argélia e de lá se retiraram ou foram
escorraçados. Em algum momento os quistos criminosos podem virar rebeliões
politizadas. Quando isto ocorrer para onde os PMs vão correr ao fugir? Para
Argélia ou para a França?
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