As “feiras do rolo” ocorrem em várias
cidades brasileiras. Talvez com nomes diferentes, mas com objetivos e
operacionalização idênticas.
Trata-se de um evento da economia informal
onde pessoas buscam produtos com preços menores que os praticados nas lojas
convencionais. Normalmente são bens usados cujos proprietários, por necessidade
de dinheiro ou pelo desuso, oferecem à venda ou mesmo ao escambo.
Uma situação tradicional, cultural e
inofensiva não fosse pela questão de que nem sempre os proprietários são proprietários,
em outras palavras, delinquentes também vendem/trocam “seus” objetos.
Devido ao aspecto rudimentar das “feiras do
rolo” (sem notas fiscais, sem comprovação de propriedade), inclusive pelo baixo
valor das vendas/trocas, encontram-se expostos, nas banquinhas improvisadas, vários
produtos “suspeitos” (telefones celulares, relógios, etc).
A venda de produtos furtados/roubados “fecha”
o ciclo do crime, em vista de que a compensação pela atividade ilegal é a transformação
do roubo/furto em dinheiro, a estabelecer o benefício auferido pela subtração
de bens alheios.
À moda das feiras do rolo, no Centro de São
Paulo, há os camelôs com seus produtos importados a preços muito inferiores aos
praticados pelas lojas. Há um conjunto de indicativos sobre a "procedência" dos itens à venda:
- as bancas improvisadas (caixas de papelão);
- o preço, até um décimo do valor normal;
- o aspecto dos objetos;
- a negociação apenas em dinheiro "vivo".
O crime tem compensado por, pelo menos, dois
motivos: não há quem fiscalize – a contento – as atividades comerciais
informais e, por outro lado, há quem veja como vantagem comprar mais barato.
Nenhum dos motivos citados é, in tese, assunto de Polícia...
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