sábado, 24 de março de 2012

Agências particulares contratadas para oferecer serviços de policiamento

Privatização do policiamento
Quando estive na Noruega, fiquei sabendo (num quartel de bombeiros) que o combate a incêndios era feito por funcionários públicos e por uma empresa, se bem me lembro paga pelo governo. Será que está chegando a vez do policiamento?
Comentário do pesquisador Claudio Beato (via FaceBook): Aquela velha definição weberiana de que o Estado é uma organização que detém o monopólio do uso da força está definitivamente sepultada. A Inglaterra (o Canadá também) está cada vez mais privatizando suas polícias,
Será que conseguiríamos discutir algo assim por aqui sem preconceitos e de forma racional?

4 comentários:

  1. Aqui em São Paulo isso já foi feito nos anos 30 até meados dos 50.
    Sob inspiração do serviço de policiamento civil executado em 1932, o governo criou a "Guarda Noturna".
    A Guarda Noturna foi uma corporação sui generis.
    Apesar de ter sido criada oficialmente, pelo Decreto Estadual 6330 de 12 de março de 1934, era uma autarquia fazendo um serviço típico de Estado.
    Foi criada para auxiliar a Força Pública e a Guarda Civil no policiamento noturno, porém, era fiscalizada pela Polícia Civil.
    Ainda que criada pelo Estado, não era mantida pelos cofres públicos.
    A Guarda Noturna, por não receber verba estadual, trabalhava por adesão da comunidade. As pessoas que aderiam, pagavam uma mensalidade e colocavam uma placa indicativa portões de suas casas (uma placa arredondada com um cachorro pastor alemão no centro e as letras GN nas laterais).
    Mesmo com essa confusa organização essa guarda ainda durou por vinte anos, sendo extinta pela Lei 2720 de 9 de agosto de 1954.

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  2. Eu não sabia que a Guarda Noturna era particular, mas me lembro das plaquinhas azuis com as letras GN.

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  3. Quem paga, manda.
    E se o cassino clandestino tiver a plaquinha na porta?
    Como fazer com aquele que não paga e estiver sendo assaltado na frente do "GN"?

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    1. Quando o jogo for uma atividade legal não vai ter problema. O mais importante, e esse é o verdadeiro motivo de existência do blog, não é necessariamente o que é bom ou não, mas sim a discussão, a demonstração de que a segurança pública é complexa e não tem nenhuma solução mágica e nisso seu comentário é muito relevante pois suscita a continuação da discussão. Valeu Galdino, é isso aí camarada !!!

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