sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O resultado de desordem e descontrole no ambiente urbano público é crime e violência

Algo impensável ocorreu, à luz do dia, num dos lugares mais movimentados da cidade de São Paulo: uma adolescente foi estuprada em plena Praça da Sé.

A Praça da Sé é o marco zero da megalópole São Paulo, movimentada o dia todo, vigiada o dia todo. Entretanto não é de hoje que o espaço urbano público na Praça da Sé está desordenado e descontrolado, nos anos 1980 eram os “trombadinhas” (menores infratores) que buscavam refúgio, alimentação e dinheiro – por via de furtos e roubos – na praça. Com o tempo cresceram e passaram a cheirar cola de sapateiro, acompanhados de uma segunda geração de delinquentes. A Praça da Sé está recebendo, nesta década, uma nova leva de ocupantes, usuários de crack e outras drogas.

Nos dias atuais, como ocorre em muitos outros lugares da cidade de São Paulo, bem como em outras cidades brasileiras, a desordem atinge níveis críticos de degradação urbana, para além do apropriado para a coexistência pacífica entre pessoas, o que resulta em infestações de usos inadequados do espaço público (moradias subumanas – acantonamentos, aglomerados, acampamentos precários – sem saneamento básico, urbanização, etc).

A Praça da Sé é apenas um exemplo do que ocorre, em larga escala, no maior município do país.
Não faz, e não fará, nenhuma diferença, para a garantia da tranquilidade pública, locar um batalhão de policiais militares em patrulhamento, num espaço urbano público caracterizado pela desordem e descontrole.

A condição de desordem urbana propicia a condição da insegurança, e esta, por sua vez, resulta em mais desordem e descontrole... Sendo assim faço a correção do primeiro parágrafo deste texto, impensável é acreditar que estaria tudo bem em meio ao caos e o descontrole...

Nenhum comentário:

Postar um comentário