Algo impensável ocorreu, à luz do dia, num dos lugares mais movimentados da cidade de São Paulo: uma adolescente foi estuprada em plena Praça da Sé.
A Praça
da Sé é o marco zero da megalópole São Paulo, movimentada o dia todo, vigiada o
dia todo. Entretanto não é de hoje que o espaço urbano público na Praça da Sé
está desordenado e descontrolado, nos anos 1980 eram os “trombadinhas” (menores
infratores) que buscavam refúgio, alimentação e dinheiro – por via de furtos e
roubos – na praça. Com o tempo cresceram e passaram a cheirar cola de
sapateiro, acompanhados de uma segunda geração de delinquentes. A Praça da Sé está recebendo, nesta década, uma nova leva de ocupantes, usuários de crack e outras drogas.
Nos
dias atuais, como ocorre em muitos outros lugares da cidade de São Paulo, bem
como em outras cidades brasileiras, a desordem atinge níveis críticos de
degradação urbana, para além do apropriado para a coexistência pacífica entre
pessoas, o que resulta em infestações de usos inadequados do espaço público
(moradias subumanas – acantonamentos, aglomerados, acampamentos precários – sem
saneamento básico, urbanização, etc).
A Praça
da Sé é apenas um exemplo do que ocorre, em larga escala, no maior município do
país.
Não faz,
e não fará, nenhuma diferença, para a garantia da tranquilidade pública, locar
um batalhão de policiais militares em patrulhamento, num espaço urbano público caracterizado
pela desordem e descontrole.
A condição de desordem urbana propicia a
condição da insegurança, e esta, por sua vez, resulta em mais desordem e
descontrole... Sendo assim faço a correção do primeiro parágrafo deste texto, impensável é acreditar que estaria tudo bem em meio ao caos e o descontrole...
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