A sociedade
está cada vez mais complexa, ações geram consequências cada vez mais graves,
principalmente por conta da instalada cultura da violência em que tudo parece
requerer soluções belicosas, aliás um tema recorrente neste blog.
Ao
ler a matéria fiquei imaginando o “itinerário” da tragédia, desde a ideia
inicial até a morte do garoto e, a partir deste exercício de imaginação, pude
estabelecer os seguintes passos: intenção de convocar jovens para a festa,
escolha do local para o evento, tratativas para a realização, solicitação de
autorização de agendamento de espaço físico para a festa, provimento de “comis
e bebis”, propaganda, música, etc...
Ao
que tudo indica a fase de “solicitação de autorização para agendamento do
espaço físico” para cerca de 3.000 pessoas, se existiu de fato, não foi resolvida.
O que
me interessa, neste ponto, é que entra em ação um mecanismo bastante eficiente
nestas ocasiões, o “nóis qué, noís faiz” (uma corruptela do dito "querer é poder"), em razão de que o evento indesejado
morte ocorreu desta vez, mas as brigas, menores em situação de coma alcoólico, violência,
estupros, bullying, agressões, etc, são corriqueiros.
É comum ouvir relatos de
pais/mães/responsáveis que ficam com “coração nas mãos” ao verem seus filhos
indo para este tipo de balada/rave...
Não é
possível esperar garantias de segurança pública num ambiente com todo tipo de
ato inseguro, num lugar em que “ninguém é de ninguém”; a expectativa racional é contrária a esta inocente perspectiva, mais plausível é que sempre
ocorram problemas graves.
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